terça-feira, 26 de maio de 2015



Tique-taque faz o relógio
não sei mais quanto tempo tenho,
parece que as horas escorrem em minhas mãos.

Não sei se sou eu, ou tudo está diferente.
Minhas lágrimas caem e eu não sei o motivo.
Será que é você?


A angústia toma conta,
penso, repenso, mas nada faz sentido.
Vejo-me caindo em um abismo sem fim.


Amanhece o dia, estou à espera de uma luz
que me faça enxergar tanta dor.
Estou procurando o motivo, mas ainda não encontrei...
Parei, pensei... achei!
É você!


Giulia Cibils Fagundes

terça-feira, 19 de maio de 2015

Por uma crônica… urgente!

Engraçados são os tempos de hoje… Todo mundo conectado virtualmente e quase ninguém em conexão… Na rua, no trabalho, na escola, no restaurante, no carro(pasmem), no aeroporto, enfim, em todo lugar, os olhares estão voltados para baixo. Instantaneamente, a coluna vai-se, dobrando-se, encurvando-se, tensionando-se, numa aflição que não sei explicar. Não saberia agora porque tenho, nas últimas semanas, ficado cada vez mais distante do meu computador. Aliás, ultimamente, tenho fugido dele, para uma comparação e lembrança, como o André Marcelo Hartwig, o corredor, e dedicado aluno que foi, o mais rápido que possa correr… Até o Ricardo Peglow Kuhn, meu sobrinho, agora, correndo, foge também (os dois se classificando em mais uma maratona dessa vida). É… essa comparação me soou estranha. Entretanto, é o que tenho feito: fugido. Coisa boa poder estar mais com a família, levar as filhas para passear, olhar para um beija-flor ornando uma velha árvore, um avião passando imperceptível lá no céu(imperceptível?), levar um consolo a quem está precisando… Sei lá, acho que desapeguei dessa coisa de Internet. E eu, mais do que nunca, essa semana, precisava voltar aos tempos de escritora, para falar a verdade, dar uma de cronista… criar coragem e encarar o “Note” mais uma vez. Demorou, mas consegui me aproximar… Precisava escrever esta crônica agora, já, num domingo à noite, porque aceitei o desafio do “Evento Literário”. Seria imperdoável se não a escrevesse! Para os escritores que a esperavam e claro, para mim. Não sei, mas parece que a Martha (a Medeiros) me deu uma forcinha. Talvez tenha me inspirado nela para redigir (ou digitar). Preciso saber se vou continuar fugindo do computador ou vou voltar com mais frequência a ele… Pode ser que reinicie meu vício de escrita, se, claro, tiver alguém interessado em lê-la até o fim. Porém, meus olhos, se Deus assim permitir, sempre vão estar conectados ao mundo real, porque as coisas dessa vida e as pessoas com quem convivemos são a razão de nossa existência… E a crônica, enfim, está aí… assim como as corridas por mais união, amor e felicidade!!


Patrícia Oswald Peglow - 17 de maio